Município reforça importância da imunização e orienta população sobre onde buscar atendimento adequado
21/05/2025 – Com as temperaturas mais baixas, Barão de Cocais – assim como outras cidades da região – registra aumento nos casos de síndromes respiratórias, como a síndrome gripal (SG), a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e outras doenças, como a Covid-19. O município contabilizou, até esta terça-feira (20), 215 casos de SG, 14 de SRAG e 51 de Covid-19 no acumulado de 2025.
O principal desafio neste momento é a baixa adesão à vacinação contra a Influenza, comumente conhecida como gripe. A cobertura vacinal em Barão de Cocais está em 49,84% do público-alvo, enquanto o ideal recomendado pelo Ministério da Saúde é de pelo menos 90%.
A vacina contra a Influenza está disponível em todas as unidades básicas de saúde do município. Inclusive, às quintas-feiras, os postos ficam abertos até mais tarde para imunizar a população – até as 20h, exclusivamente para atendimento na sala de vacina. Devem se vacinar contra a Influenza, principalmente, os grupos prioritários, como crianças pequenas, idosos, gestantes, puérperas, profissionais da saúde e pessoas com comorbidades.
“A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir complicações, internações e óbitos causados pelos vírus da gripe. É um cuidado que protege não só quem toma a vacina, mas também toda a comunidade”, destaca a médica Amanda Martins, do PSF São João Batista.
Atendimentos crescentes sobrecarregam a rede de saúde
Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Alberto Pinto Coelho, o número de atendimentos vem crescendo: foram 4.584 em janeiro, 4.535 em fevereiro, 5.421 em março e 5.960 em abril. Apenas na primeira quinzena de maio, já foram contabilizados 3.439 atendimentos, indicando que o mês poderá superar de forma significativa os anteriores.
Para garantir o atendimento à população, a UPA aumentou para quatro o número de médicos disponíveis no setor. Mesmo assim, a Secretaria de Saúde reforça a importância do uso consciente dos serviços de saúde.
Segundo Rhaysller José, diretor clínico do hospital Waldemar das Dores, o avanço das síndromes gripais preocupa porque, em toda a região, incluindo Belo Horizonte, existe um alto índice de ocupação dos leitos hospitalares. “O avanço das doenças respiratórias tende a aumentar ainda mais essa demanda, pressionando uma rede de saúde já sobrecarregada”, lamentou.
Quando procurar o PSF e quando ir à UPA?
Em casos de sintomas leves, como coriza, tosse, dor de garganta, mal-estar e febre baixa, o ideal é procurar a unidade básica de saúde mais próxima. As UBSs estão preparadas para realizar os atendimentos iniciais, orientar a população e aplicar a vacina.
A UPA deve ser procurada apenas em situações mais graves, como febre alta persistente, dificuldade para respirar, dor no peito, desorientação ou agravamento dos sintomas.
“O momento exige a colaboração de todos. Manter a vacinação em dia, procurar o local certo de atendimento e adotar medidas de prevenção, como higienização das mãos e uso de máscara em locais fechados, são atitudes que fazem a diferença para evitar o colapso da rede de saúde”, alertou o diretor clínico Rhaysller José.